Lucas 21:21

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Explicação Bíblica

Versículo 21: Texto do versículo 21 de lucas 21.
{"titulo_principal_e_texto_biblico":{"titulo":"Lucas 21:21 — Aviso de Fuga na Perseguição","texto":"Então os que estiverem na Judeia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade saiam, e os que estiverem nos campos não entrem nela."},"contexto_detalhado":{"introducao":"Este versículo faz parte do discurso apocalíptico de Jesus sobre a destruição de Jerusalém e sinais dos últimos tempos, direcionado a discípulos atentos ao futuro imediato e escatológico.","contexto_literario_do_livro":"O Evangelho de Lucas combina narrativa histórica e teológica, apresentando Jesus como Salvador universal e culminando em instruções escatológicas e a viagem a Jerusalém.","contexto_historico_do_livro":"Possivelmente escrito no final do primeiro século, em contexto pós-destruição (70 d.C.) para comunidades cristãs que lidavam com as consequências da queda de Jerusalém e perseguições.","contexto_cultural_do_livro":"Reflete o ambiente judaico-helênico do primeiro século, tensão entre judeus e romanos e expectativas messiânicas variadas.","contexto_geografico_do_livro":"Lucamente situado na Palestina e nas províncias do Império Romano, com atenção especial a Jerusalém como centro religioso e político.","contexto_teologico_do_livro":"Teologicamente enfatiza a obra salvífica de Cristo, a inclusão dos gentios e o chamado à fidelidade mesmo em crise, com esperança escatológica.","contexto_literario_da_passagem":"Insere-se no chamado 'discurso sobre os últimos dias' (Lucas 21:5-36), que mistura sinais universais com instruções práticas para o período da guerra judaico-romana.","contexto_historico_da_passagem":"Provavelmente refere-se diretamente aos eventos que culminaram na revolta judaica (66–70 d.C.) e à destruição do Templo por Tito, conforme interpretado por Lucas e comentaristas como F.F. Bruce.","contexto_cultural_da_passagem":"Instruções de fuga encontram paralelo em práticas antigas de evitar cerco e violência; conhecidas em relatos históricos de cerco romano.","contexto_geografico_da_passagem":"A referência à Judeia e montes sugere rotas de fuga reais para áreas montanhosas como a Judeia e Transjordânia, próximas a Jerusalém.","contexto_teologico_da_passagem_anterior":"Versículos anteriores anunciam tribulação e sinais cósmicos, preparando os discípulos para reconhecerem a proximidade do juízo e a necessidade de vigilância.","contexto_teologico_da_passagem_posterior":"Versículos posteriores enfatizam perseverança, oração e prontidão, ligando a fuga física a uma postura espiritual contínua de vigilância.","genero_literario":"Discurso profético-escatológico com elementos de conselho prático e advertência.","autor_e_data":"Tradicionalmente Lucas, companheiro de Paulo; data provável entre 60–90 d.C., conforme consenso acadêmico moderado.","audiencia_original":"Cristãos helenísticos e comunidades circuncidadas passando por incerteza política e perseguição, buscando orientação prática e teológica.","proposito_principal":"Alertar e orientar os seguidores de Jesus sobre como viver em tempos de crise, distinguindo entre sinais escatológicos e aplicações práticas imediatas.","estrutura_e_esboco":"Parte de um bloco maior: sinais (v.5–11), tribulações (v.12–19), instruções de fuga (v.20–24), advertências e exortações finais (v.25–36).","palavras_chave_e_temas":"Fuga, Judeia, montes, cidade, campos, julgamento, vigilância, providência divina."},"analise_exegenetica":{"introducao":"Exegese focaliza termos gregos, imperativos e o sentido situacional: aviso prático dentro de discurso escatológico; referências patrísticas e modernas oferecem nuances.","analises":[{"verso":"Lucas 21:21","analise":"Imperativos multipartes indicam instrução urgente: apheleto (fujam) e exerchontai (saíam) expressam ação imediata; refere-se à escatologia parcial (queda de Jerusalém) mais do que ao fim do mundo, conforme John Stott e F.F. Bruce."}]},"teologia_da_passagem":{"introducao":"A passagem articula liberdade teológica entre juízo histórico e cuidado pastoral, aliando soberania divina à responsabilidade humana de prudência.","doutrinas":["Providência divina e juízo histórico: Deus permite eventos para cumprimento de propósitos, mas fornece advertência e meios de preservação.","Discernimento escatológico: distinção entre sinais que apontam ao fim e acontecimentos com significado imediato.","Chamado à obediência prática: fé concreta se manifesta em ações que preservam a vida sem abdicar da fidelidade."]},"temas_principais":{"introducao":"Temas interligam crise histórica, prudência e esperança escatológica.","temas":[{"tema":"Advertência e preservação","descricao":"Deus adverte a fim de preservar vidas; fuga é ato permitido e prudente diante do juízo."},{"tema":"Juízo histórico","descricao":"A queda de Jerusalém é vista como juízo parcial com implicações escatológicas e pastorais."},{"tema":"Discernimento prática-teológico","descricao":"Discípulos são chamados a interpretar sinais e agir com sabedoria sem cair em pânico ou indiferença."}]},"explicacao_do_versiculo":{"introducao":"Análise do significado e das palavras-chave revela combinação de aviso prático e simbolismo escatológico.","significado_profundo":"O versículo ordena retirada imediata para salvar a vida diante de cerco e destruição, simbolizando também a necessidade de separação do julgamento e fidelidade ativa.","contexto_original":"Endereçado a cristãos em ou próximos à Judeia antes e durante a revolta judaica; Jesus instrui medidas práticas para escapar da violência associada à queda de Jerusalém.","palavras_chave":["fujam (imperativo de urgência)","Judeia (região alvo do juízo)","montes / cidade / campos (locais concretos indicando direção e ação)"],"interpretacao_teologica":"Não é uma instrução universal permanente, mas um princípio: Deus revela avisos antes do juízo e espera resposta responsável; teólogos como R.C. Sproul e Craig Keener ressaltam a combinação de providência divina com responsabilidade humana."},"personagens_principais":{"introducao":"Personagens simbólicos e reais aparecem: o orador e o público imediato.","personagens":[{"nome":"Jesus","descricao":"Professor e profeta que combina anúncio escatológico com aconselhamento pastoral prático."},{"nome":"Discípulos / cristãos na Judeia","descricao":"Receptores diretos da instrução, representando crentes que devem discernir e agir para preservar a vida e a missão."}]},"aplicacao_contemporanea":{"introducao":"Aplicação une prudência prática, vigilância espiritual e confiança na providência sem sensacionalismo.","pontos_aplicacao":["Em crises sociopolíticas, considerar prudência e medidas de proteção sem perder a esperança comunitária.","Interpretar sinais com humildade teológica, evitando leituras sensacionalistas do apocalipse."],"perguntas_reflexao":["Como equilibrar confiança em Deus e responsabilidade prática em tempos de perigo?","De que modo a comunidade cristã deve preparar-se para perseguições ou crises sem pânico?"]},"referencias_cruzadas":{"introducao":"Textos correlatos iluminam vocabulário, contexto e aplicação escatológica.","referencias":[{"passagem":"Mateus 24:16","explicacao":"Paralelo sinótico com instrução semelhante sobre fuga da Judeia; reforça leitura histórica ligada à queda de Jerusalém."},{"passagem":"Marcos 13:14","explicacao":"Versão marcana do mesmo ensino; tradição sinótica confirma caráter prático e imediato da advertência."},{"passagem":"Hebreus 11:37–38","explicacao":"Relata perseguições e deslocamentos de santos; fornece perspectiva sobre sofrimento comunitário e preservação da fé."}]},"simbologia_biblica":{"introducao":"Elementos geográficos e ações carregam significado simbólico além do literal.","simbolos":[{"simbolo":"Montes","significado":"Refúgio e afastamento do juízo; tradicionalmente símbolo de proteção e retiro espiritual."},{"simbolo":"Cidade","significado":"Centro religioso e político sujeito ao juízo; representa estruturas humanas que podem colapsar."},{"simbolo":"Campos","significado":"Vida cotidiana e trabalho; instrução para não retornar ao normal quando a cidade está sob juízo."}]},"interprete_luz_de_cristo":{"introducao":"Cristo é a chave interpretativa: suas palavras orientam prática e esperança em meio ao juízo.","conexao":"Em Cristo, o aviso é expressão de graça providencial: ele denuncia o juízo, orienta à prudência e promove perseverança para que a comunidade sobreviva e mantenha testemunho."}}