Naum 1:1

AMP

Explicação Bíblica

Versículo 1: Texto do versículo 1 de naum 1.
{"titulo_principal_e_texto_biblico":{"titulo":"Naum 1:1 — Título e autoria da profecia","texto":"Profecia a respeito de Nínive. Visão de Naum, de Elcoséte."},"contexto_detalhado":{"introducao":"Naum abre seu livro identificando a natureza profética e o alvo: Nínive, capital assíria. O versículo funciona como título e guia para a leitura do oráculo.","contexto_literario_do_livro":"O livro é um oráculo de juízo e consolo, composto em estilo poético e narrativo breve, situado entre os Profetas Menores. Configura-se como literatura profética concentrada em anúncio de justiça divina.","contexto_historico_do_livro":"Provavelmente escrito no século VII a.C., em momento posterior à ascensão assíria e antes da queda definitiva de Nínive (612 a.C.). Reflete tensões entre Judá e o império assírio.","contexto_cultural_do_livro":"A cultura é do Oriente Próximo antigo, marcada por impérios expansionistas, práticas religiosas sincréticas e memória de violência imperial que afetava povos vizinhos, inclusive Israel e Judá.","contexto_geografico_do_livro":"Nínive era situada na planície mesopotâmica junto ao rio Tigre; o autor provavelmente está no reino de Judá ou em ambiente israelita, falando contra uma potência estrangeira distante.","contexto_teologico_do_livro":"Afirma a soberania de YHWH sobre nações, juízo contra opressores e consolo para o povo oprimido; combina a justiça de Deus com a certeza da intervenção divina na história.","contexto_literario_da_passagem":"Verso inaugural que funciona como cabeçalho: apresenta o gênero (profecia), o conteúdo (Nínive) e o profeta (Naum), preparando o leitor para o oráculo vindouro.","contexto_historico_da_passagem":"Como título, não relata evento específico, mas situa historicamente o conflito com a Assíria; evoca lembranças de destruição e expectativas de retribuição divina.","contexto_cultural_da_passagem":"Indica familiaridade com o costume de prefácios proféticos e com a prática de atribuir origens tribais ou familiares ao profeta (Elcoséte).","contexto_geografico_da_passagem":"Refere-se geograficamente a Nínive como centro do império assírio, símbolo de poder injusto, sem descrever localizações internas do oráculo.","contexto_teologico_da_passagem_anterior":"Não há passagem anterior dentro do livro; o versículo serve de introdução teológica ao tema do juízo contra a arrogância imperial.","contexto_teologico_da_passagem_posterior":"Os versículos seguintes desenvolvem a justiça de Deus, sua ira contra o ímpio e consolo aos justos, mostrando coerência com o cabeçalho introdutório.","genero_literario":"Profecia oracular com elementos de liturgia poética e narrativa curta, típica dos Profetas Menores.","autor_e_data":"Autor: Naum (nome e filiação 'Elcoséte'); data: tradicionalmente séc. VII a.C., provavelmente nas décadas que antecedem 612 a.C.","audiencia_original":"Povo de Judá e outros povos oprimidos, além de leitores que conheceriam a reputação de Nínive; mensagem também dirigida à própria Assíria como alvo do juízo.","proposito_principal":"Anunciar o juízo divino sobre Nínive e consolar os oprimidos demonstrando a soberania e justiça de Deus.","estrutura_e_esboco":"Cabeçalho (v.1), poema sobre o caráter de Deus e juízo (1:2–2:2), descrição da queda de Nínive (2:3–3:19). O verso 1 inicia essa divisão.","palavras_chave_e_temas":"Palavras-chave: profecia, Nínive, visão, Naum. Temas: juízo, soberania divina, restauração e retribuição."},"analise_exegenetica":{"introducao":"Análise do verso como unidade tituladora e das implicações linguísticas de termos-chaves; considera textos críticos e comentários acadêmicos.","analises":[{"verso":"Naum 1:1","analise":"'Profecia' (nâbî') marca gênero; 'a respeito de Nínive' identifica o alvo. 'Visão' (chazôn) indica revelação pictórica; 'Elcoséte' é provável indicação de origem familiar ou tribal, cuja leitura é discutida nos comentários (variantes textuais)."}]},"teologia_da_passagem":{"introducao":"O versículo sintetiza temas teológicos centrais: a autoridade do profeta e o fato de que Deus comunica juízo contra poderes humanos.","doutrinas":["Soberania de Deus sobre as nações e história.","Vocação profética como meio de revelação divina.","Justiça retributiva contra opressão."]},"temas_principais":{"introducao":"Temas suscetíveis de aplicação pastoral e teológica são introduzidos já no cabeçalho.","temas":[{"tema":"Juízo divino","descricao":"A identificação de Nínive como objeto da profecia aponta para a certeza do juízo sobre impérios ímpios."},{"tema":"Revelação profética","descricao":"A palavra 'visão' sublinha que o profeta fala por revelação e não por mera opinião humana."},{"tema":"Identidade do profeta","descricao":"'Naum, de Elcoséte' confere autoridade pessoal e contextualiza a voz profética dentro da comunidade."}]},"explicacao_do_versiculo":{"introducao":"Verso introdutório que funciona como título e enquadramento teológico do livro.","significado_profundo":"Anuncia que o conteúdo é revelação divina sobre um centro de poder opressor; coloca a história humana sob julgamento transcendente.","contexto_original":"Num contexto em que Assíria ameaçava povos vizinhos, o anúncio de juízo traz esperança aos oprimidos e afirma que Deus intervém na história.","palavras_chave":["Profecia","Nínive","Visão"],"interpretacao_teologica":"O versículo afirma que a profecia é uma mediação divina contra a tirania; teologicamente, sustenta que Deus é juiz das nações e que a revelação profética denuncia injustiça."},"personagens_principais":{"introducao":"O verso apresenta implicitamente o profeta e o objeto do anúncio.","personagens":[{"nome":"Naum","descricao":"Profeta menor que recebe e proclama uma visão de juízo; identificado como 'de Elcoséte', o que aponta suas raízes ou linhagem."},{"nome":"Nínive","descricao":"Capital assíria e símbolo de opressão imperial, alvo direto da profecia."}]},"aplicacao_contemporanea":{"introducao":"Aplicações práticas consideram justiça, denúncia da opressão e esperança para os oprimidos.","pontos_aplicacao":["Defesa dos oprimidos: cristãos são chamados a lamentar e confrontar estruturas injustas.","Confiança na justiça de Deus: lembrança de que a história não está fora do controle divino."],"perguntas_reflexao":["Como nossa comunidade reage diante de impérios modernos que oprimem povos?","De que maneira proclamamos a justiça de Deus sem cair em vingança?"]},"referencias_cruzadas":{"introducao":"Passagens que ecoam temas de juízo das nações e revelação profética.","referencias":[{"passagem":"Isaías 10:5–19","explicacao":"Também trata do juízo sobre a Assíria e da soberania divina sobre impérios, oferecendo paralelo teológico ao oráculo contra Nínive."},{"passagem":"Jonas 1–4","explicacao":"Relaciona-se a Nínive como cidade alvo de atenção profética, mas com ênfase em arrependimento e misericórdia."},{"passagem":"Salmo 2","explicacao":"Mostra a temática da soberania divina sobre reis e nações, complementando a teologia do juízo em Naum."}]},"simbologia_biblica":{"introducao":"O versículo contém símbolos que funcionam como denúncia e esperança.","simbolos":[{"simbolo":"Nínive","significado":"Símbolo do poder opressor e da arrogância humana sujeita ao julgamento divino."},{"simbolo":"Visão","significado":"Representa a autoridade revelatória do profeta e a certeza do anúncio divino."}]},"interprete_luz_de_cristo":{"introducao":"Cristocentricamente, o juízo e a justiça de Deus apontam para a obra redentora e restauradora em Cristo.","conexao":"Cristo é a culminação da justiça divina que confronta o mal e oferece restauração; a profecia de Naum prenuncia a responsabilidade moral das nações e a esperança de libertação final em Cristo."}}