Explicação Bíblica
Versículo 17: Texto do versículo 17 de isaias 17.
{"titulo_principal_e_texto_biblico":{"titulo":"Isaías 17:17 — O juízo sobre os saqueadores","texto":"Ao anoitecer, eis o pavor; antes da manhã já não há. Tal será a porção dos que nos roubam, e o quinhão dos que nos saqueiam. (Isaías 17:17, tradução livre baseada em versões tradicionais em Português)"},"contexto_detalhado":{"introducao":"Isaías 17 é uma profecia contra Damasco e também contra Israel do ponto de vista das nações vizinhas; o v.17 culmina em imagens de juízo repentino sobre os opressores.","contexto_literario_do_livro":"O livro mistura oráculos de julgamento e consolo; capítulos 13–23 formam uma coleção de pronunciamentos contra nações estrangeiras, com linguagem poética e oracular.","contexto_historico_do_livro":"Redigido num contexto de ameaças assírias (séculos VIII–VII a.C.) e rivalidades aramaicas, referindo-se a realidades políticas entre Aram/Damasco, Israel e Assíria.","contexto_cultural_do_livro":"Cultura do Levante do primeiro milênio a.C., com diplomacia baseada em alianças e pilhagem entre principados, e expectativas proféticas sobre honra e vingança divina.","contexto_geografico_do_livro":"Isaías situa-se em Judá, com visão ampliada sobre Síria (Damasco), Israel (Efraim) e a região do Levante oriental.","contexto_teologico_do_livro":"Tema central: santidade e soberania de Deus que julga nações por injustiça, mas também promete restauração para o remanescente fiel.","contexto_literario_da_passagem":"Capítulo 17 intercala anúncio de desolação e esperança; v.17 fecha a sequência com a ideia de retribuição divina contra saqueadores.","contexto_historico_da_passagem":"Reflete episódios de incursões e pilhagens entre Arameus, Israel e potências maiores; a linguagem sugere reversão do êxito militar dos opressores.","contexto_cultural_da_passagem":"A noção de 'porção' e 'quinhão' remete a herança e despojos de guerra, conceitos familiares na prática política e tribal da época.","contexto_geografico_da_passagem":"Referência direta às terras fronteiriças e rotas de pilhagem entre Damasco, Samaria e territórios vizinhos do norte de Israel.","contexto_teologico_da_passagem_anterior":"Os versos anteriores anunciam o abandono e a humilhação de Damasco e de Efraim; o julgamento é apresentado como consequência da infidelidade e da violência.","contexto_teologico_da_passagem_posterior":"Os versos subsequentes ampliam a visão de devastação e a impotência das nações; o tom profético segue apontando para disciplina divina.","genero_literario":"Oráculo profético poético, com imagens apocalípticas e linguagem metafórica típica do profetismo pré-exílico.","autor_e_data":"Atribuído a Isaías (tradicionalmente do séc. VIII a.C.); muitos comentaristas veem núcleo isaiano com possíveis edições posteriores, mas o versículo reflete tradição pré-exílica.","audiencia_original":"Judá e povos vizinhos; também líderes e comunidades que sofreram ou exerceram pilhagem no contexto internacional da época.","proposito_principal":"Anunciar o juízo de Deus contra os que oprimem e roubaram, assegurando que a violência injusta não ficará impune e que Yahweh reverte a sorte dos ímpios.","estrutura_e_esboco":"Breves oráculos: 1) anúncio de causa e efeito; 2) descrição do juízo; 3) conclusão sobre a porção dos saqueadores — v.17 serve como clímax conciso.","palavras_chave_e_temas":"Palavras-chave: 'anoitecer', 'pavor', 'antes da manhã', 'porção', 'saqueiam'. Temas: juízo imediato, reversão de fortuna, justiça divina."},"analise_exegenetica":{"introducao":"Análise concisa do verso em seu texto e sentido imediato, considerando léxico hebraico, paralelos e interpretação dos comentaristas indicados.","analises":[{"verso":"Isaías 17:17a — 'Ao anoitecer, eis o pavor; antes da manhã já não há.'","analise":"A expressão equaciona rapidez e totalidade do juízo; 'anoitecer' e 'manhã' são imagens temporais que enfatizam execução súbita do castigo, conforme leitura de NICOT e comentários de F. F. Bruce."},{"verso":"Isaías 17:17b — 'Tal será a porção dos que nos roubam, e o quinhão dos que nos saqueiam.'","analise":"Termos 'porção' (chelek) e 'quinhão' (nachala/racham?) sublinham substituição da herança pelos despojos; Stott e Sproul notam que a linguagem legal/tribal realça a reversão da sorte dos opressores."},{"verso":"Sintaxe e vocabulário","analise":"Construção paralela e rítmica reforça certeza do julgamento; o hebraico usa binômios para ênfase, leitura corroborada por comentários do WBC e NICOT."}]},"teologia_da_passagem":{"introducao":"O versículo comunica verdades teológicas sobre a justiça de Deus, sua soberania sobre nações e a retribuição contra a violência.","doutrinas":["Soberania divina na história: Deus determina o destino das nações e executa juízo conforme sua justiça.","Justiça retributiva: o princípio bíblico de que a opressão e a violência trazem consequências imediatas e definitivas.","Proteção do povo eleito: promessa implícita de reversão em favor do perseguido e restauração da ordem justa."]},"temas_principais":{"introducao":"Temas centrais que emergem do verso e suas implicações teológicas e éticas.","temas":[{"tema":"Juízo súbito","descricao":"A imagem temporal enfatiza que o juízo divino pode ser imediato e decisivo contra opressores."},{"tema":"Retribuição moral","descricao":"A porção dos saqueadores mostra o princípio de responsabilidade por ações violentas."},{"tema":"Confiança em Deus","descricao":"Para o povo de Deus, a promessa é um chamado à confiança na justiça divina diante da injustiça humana."}]},"explicacao_do_versiculo":{"introducao":"Exposição teológica e lexical do verso, relacionando palavras-chave e implicações práticas e doutrinárias.","significado_profundo":"O versículo assegura que a violência e o roubo não prevalecem; Deus opera uma reversão que é ao mesmo tempo imediata e definitiva, sublinhando sua justiça ativa na história.","contexto_original":"Falado numa época de incursões e alianças fracassadas, o verso anunciava a ruína dos que se aproveitavam de povos menores; era consolo para os oprimidos e advertência para as potências regionais.","palavras_chave":["anoitecer (imagem de breve intervalo)","pavor (tremor/terror do julgamento)","porção/quinhão (terminologia legal de herança e despojo)"],"interpretacao_teologica":"Teologicamente, o texto reafirma que Deus julga as nações por injustiça e protege seus; não é apelo à vingança humana, mas declaração de que a ordem moral cósmica será restaurada por Yahweh."},"personagens_principais":{"introducao":"Identificação dos atores implícitos no verso e seu papel teológico.","personagens":[{"nome":"Deus (Yahweh)","descricao":"Sujeito implícito do juízo; agente soberano que inverte a sorte das nações injustas."},{"nome":"Os saqueadores/oprimidores","descricao":"Nações ou grupos que se enriquecem pela pilhagem; destinatários do anúncio de punição."},{"nome":"O povo oprimido (Israel/Judá)","descricao":"A audiência que recebe consolo na promessa de retribuição e restituição por parte de Deus."}]},"aplicacao_contemporanea":{"introducao":"Diretrizes práticas e reflexivas para leitores atuais, ancoradas na ética bíblica e na teologia dos comentaristas citados.","pontos_aplicacao":["Confiar na justiça de Deus em face de opressão, evitando buscar vingança pessoal e exercendo paciência conforme Romanos 12.","Denunciar e resistir à violência e à exploração, acreditando que tais práticas são contrárias ao caráter divino.","Viver com esperança de restauração comunitária, promovendo justiça social como expressão da fé."],"perguntas_reflexao":["Como minha comunidade reage à injustiça: buscamos justiça ou vingança?","De que maneira posso praticar defesa dos oprimidos sem recorrer à violência?","Confio que Deus age na história, mesmo quando a reversão parece demorada?"]},"referencias_cruzadas":{"introducao":"Passagens que dialogam com o tema de juízo súbito e reversão contra opressores.","referencias":[{"passagem":"Salmos 37:1-2","explicacao":"Afirma que os injustos parecem florescer por breve tempo, mas seu fim é breve; eco da ideia de rápida destruição."},{"passagem":"Obadias 1:15","explicacao":"Declara que 'o dia' de Yahweh traz retribuição às nações conforme fizeram; paralelismo temático com Isaías 17:17."},{"passagem":"Amós 1–2","explicacao":"Oráculos contra nações que praticaram violência, mostrando o princípio do juízo divino sobre opressores."}]},"simbologia_biblica":{"introducao":"Símbolos usados no verso e seu significado teológico e cultural.","simbolos":[{"simbolo":"Anoitecer/manhã","significado":"Contraste temporal que simboliza rapidez e totalidade do juízo divino."},{"simbolo":"Porção/Quinhão","significado":"Imagem de herança e destino: o que deveria ser posse vira juízo para os iníquos."},{"simbolo":"Pavor","significado":"Reação humana ao encontro com a santidade e justiça de Deus em ação."}]},"interprete_luz_de_cristo":{"introducao":"Leitura cristocêntrica do versículo, relacionando julgamento e restauração em Cristo.","conexao":"Em Cristo, a justiça de Deus se revela plenamente: o juízo contra a iniquidade é real, mas a oferta de restauração e reconciliação encontra-se no evangelho, chamando à confiança na soberania de Deus e à prática de misericórdia."}}