Genesis 32:32

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Explicação Bíblica

Versículo 32: Texto do versículo 32 de genesis 32.
{"titulo_principal_e_texto_biblico":{"titulo":"Gênesis 32:32 — A Recordação do Ferimento de Jacó","texto":"Portanto, até hoje os filhos de Israel não comem o nervo que está sobre a juntura do quadril; porque ele tocou a juntura do quadril de Jacó junto ao nervo."},"contexto_detalhado":{"introducao":"O verso fornece uma explicação etimológica/etiológica para uma prática alimentar israelita, ligada a um episódio narrativo maior: o encontro nocturno de Jacó com um homem que luta com ele e lhe toca o quadril.","contexto_literario_do_livro":"Gênesis é narrativo fundador que traça origens: patriarcado, promessas e a formação do povo de Israel; este episódio integra as histórias de Jacó, que desenvolvem a identidade da nação.","contexto_historico_do_livro":"Composto a partir de tradições antigas compiladas no I milênio a.C., Gênesis reflete memórias do Oriente Próximo e preocupações teológicas pós-exílicas sobre identidade e culto.","contexto_cultural_do_livro":"Conta com costumes patriarcais do Médio Oriente antigo — migração, pactos, práticas alimentares e rituais de bênção — e interpreta eventos como fundadores de normas sociais.","contexto_geografico_do_livro":"A narrativa de Jacó transcorre entre Berseba, Harã e o vale do Jordão; o encontro em Peniel/um local do Jordão é parte da rota de retorno a Canaã.","contexto_teologico_do_livro":"Gênesis apresenta Deus como promotor de aliança, soberano sobre história, que escolhe e transforma indivíduos para cumprir a promessa abraâmica.","contexto_literario_da_passagem":"A passagem faz parte do ciclo de Jacó (capítulos 25–36), culminando na reconciliação com Esaú e na transformação do nome de Jacó em Israel.","contexto_historico_da_passagem":"Reflete tradições orais que explicam práticas religiosas/culinárias e afirmam a relação especial entre a descendência de Jacó e a aliança divina.","contexto_cultural_da_passagem":"Explica um tabu dietético sobre o 'nervo da articulação do quadril', possivelmente ligado a sensibilidades cultuais e memória comunitária.","contexto_geografico_da_passagem":"O episódio situa-se próximo ao rio Jaboc/Peniel, local de confronto e bênção, na rota de transição entre exílio voluntário e retorno a Canaã.","contexto_teologico_da_passagem_anterior":"Os versículos anteriores narram a luta de Jacó e a bênção recebida, marcando sua transformação espiritual e nova identidade.","contexto_teologico_da_passagem_posterior":"Os versículos seguintes tratam da chegada a Siquém e dos conflitos familiares, mostrando tensão entre bênção prometida e realidade humana.","genero_literario":"Narrativa etiológica dentro da narrativa patriarcal, combinando história, lenda e explicação ritual-cultural.","autor_e_data":"Tradição atribuída a fontes sacerdotais e javistas compiladas entre o primeiro milênio a.C.; autoria múltipla e finalização pós-exílica é hipótese consensual entre estudiosos.","audiencia_original":"Comunidades israelitas que preservavam memória patrística e normas cultuais, interessadas em legitimar práticas e identidade étnica.","proposito_principal":"Explicar a origem de uma proibição alimentar e afirmar a experiência transformadora de Jacó, estabelecendo fundamento teológico e identitário.","estrutura_e_esboco":"Breve declaração normativa (verso 32) que conclui o relato da luta (v. 22–31) com uma nota explicativa e prescritiva para a comunidade.","palavras_chave_e_temas":"Palavras-chave: quadril, nervo, Jacó, Israel, proibição alimentar; temas: transformação, identidade, memória ritual."},"analise_exegenetica":{"introducao":"Leitura exegética concentra-se no léxico hebraico, sintaxe e função etiológica do verso, conectando forma e propósito narrativo.","analises":[{"verso":"Gênesis 32:32","analise":"O hebraico refere-se ao 'tendão sobre a juntura do quadril' (ארֻךְ/גיד הַכָּרַע); o verso explica uma prática culinária e liga fisicamente o povo a um evento teofânico. Textos patrísticos e comentaristas modernos veem aqui memória litúrgica e teológica da ferida que marca Jacó/Israel."}]},"teologia_da_passagem":{"introducao":"A passagem articula teologia da eleição e da memória: experiências corporais com Deus deixam marcas normativas na comunidade.","doutrinas":["Eleição e formação da identidade de Israel pela experiência de encontro divino.","A corporeidade da revelação: o corpo como locus de bênção e marcação teológica.","Memorial comunitário: práticas rituais e tabus como preservação da narrativa salvífica."]},"temas_principais":{"introducao":"Identifico três temas centrais que emergem diretamente do verso e de seu contexto narrativo.","temas":[{"tema":"Identidade e memória","descricao":"A proibição alimentar funciona como lembrete comunitário da experiência formativa de Jacó e da eleição de Israel."},{"tema":"Corpo e teofania","descricao":"O contato físico com o divino resulta em uma marca corporal que simboliza transformação e bênção."},{"tema":"Etiologia ritual","descricao":"Narrativa fornece justificativa para prática social, mostrando como eventos fundadores legitimam normas culturais."}]},"explicacao_do_versiculo":{"introducao":"Explico o verso em suas dimensões semântica, histórica e teológica, focalizando termos-chave e finalidade da nota.","significado_profundo":"Mais que uma curiosidade dietética, o verso afirma que a experiência de Jacó com Deus tem consequências duradouras para toda a comunidade, sancionando identidades e práticas.","contexto_original":"No contexto antigo, explicar origens de proibições garantia coesão e transmitia valores; a nota conecta a memória patriarcal à vida cotidiana dos israelitas.","palavras_chave":["Quadril (juntura): local do ferimento simbólico","Nervo/tendão: termo anatômico usado para justificar proibição","Jacó/Israel: sujeito cuja experiência funda a prática"],"interpretacao_teologica":"Teologicamente, o verso mostra como Deus age em história concreta e corporal, transformando indivíduos cujo testemunho institucionaliza normas comunitárias; interpretações patrísticas e modernas (Stott, Sproul, Keener) enfatizam tanto a historicidade quanto a função teológica da etiologia."},"personagens_principais":{"introducao":"Personagens envolvidos direta ou simbolicamente no verso e no episódio mais amplo.","personagens":[{"nome":"Jacó","descricao":"Patriarca ferido na luta, cuja experiência gera nova identidade (Israel) e estabelece memória coletiva."},{"nome":"O homem/Anjo/Deus","descricao":"Figura enigmática que luta com Jacó e toca seu quadril; vista como agente teofânico que concede bênção."}]},"aplicacao_contemporanea":{"introducao":"Aplicações procuram conectar o texto ao discipulado, ética comunitária e memória cristã atual.","pontos_aplicacao":["Reconhecer que experiências espirituais transformadoras devem traduzir-se em práticas comunitárias que preservem a memória da graça.","Valorizar a corporalidade da fé: feridas e marcas podem testemunhar encontros com Deus e moldar identidade cristã."],"perguntas_reflexao":["Que memórias comunitárias nossas práticas litúrgicas preservam e por quê?","Como minhas 'marcas' pessoais na fé testemunham transformação divina?"]},"referencias_cruzadas":{"introducao":"Passagens que ecoam temas de ferida, memória e marca identitária na Escritura.","referencias":[{"passagem":"Êxodo 12:46 / Números 9:12","explicacao":"Textos que regulam práticas alimentares e lembranças pascais; similar preocupação com normas ritualísticas como memória."},{"passagem":"Isaías 49:5–6","explicacao":"Tema da vocação transformadora e missão que afeta identidade coletiva, como a experiência de Jacó afeta Israel."}]},"simbologia_biblica":{"introducao":"Símbolos no verso comunicam significado teológico e identitário.","simbolos":[{"simbolo":"Quadril/juntura","significado":"Fonte de força física e sexualidade, aqui marca da luta com Deus que transforma vida e descendência."},{"simbolo":"Nervo/tendão","significado":"Elemento anatômico simbolizando vulnerabilidade e memória física que justifica norma comunitária."}]},"interprete_luz_de_cristo":{"introducao":"Reflexão breve sobre como a passagem aponta para leituras cristológicas e espirituais à luz de Cristo.","conexao":"Cristo também se identifica com um povo marcado por sofrimento redentor; a ideia de ferida como memória de encontro pode ser lida tipologicamente como antecipação da redenção que transforma corpo e comunidade."}}