Daniel 7:7

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Explicação Bíblica

Versículo 7: Texto do versículo 7 de daniel 7.
{"titulo_principal_e_texto_biblico":{"titulo":"Daniel 7:7","texto":"Após isso eu continuei olhando nas visões da noite, e eis que vinha do mar um quarto animal, terrível e espantoso e mui forte; e tinha dentes grandes de ferro; tinha devorado e quebrado em pedaços e pisado ao pé o que havia sob seus pés; e era muito diferente de todos os animais que haviam aparecido antes dele, e tinha dez chifres."},"contexto_detalhado":{"introducao":"Este versículo descreve a aparição do quarto animal na visão de Daniel, continuidade da série de bestas que simbolizam reinos sucessivos e culminam em julgamento divino.","contexto_literario_do_livro":"Daniel combina narrativa e apocalipse; capítulos 7–12 formam o núcleo apocalíptico, usando visões simbólicas para tratar do futuro dos impérios e da soberania divina.","contexto_historico_do_livro":"Escrito em contextos de exílio e perseguição (séculos VI–II a.C. segundo posições), aborda a experiência judaica sob impérios estrangeiros, especialmente o período selêucida e hasmoneu para leitores posteriores.","contexto_cultural_do_livro":"Utiliza imagens e linguagem do apocalipse judaico e do simbolismo do Antigo Oriente, compartilhando metáforas com Ezequiel e as tradições proféticas de julgamento e restauração.","contexto_geografico_do_livro":"As visões referem-se às potências que dominaram o Oriente Próximo: Babilônia, Média-Pérsia, Grécia e sucessoras, vistas desde a perspectiva da comunidade judaica no exílio.","contexto_teologico_do_livro":"Tema central: soberania de Deus sobre reinos humanos, vindicação do povo justo e esperança na restauração final; enfatiza julgamento, reino eterno e intervenção divina.","contexto_literario_da_passagem":"Daniel 7 segue as visões dos capítulos anteriores e apresenta quatro bestas que representam impérios; o quarto animal prepara a descrição do juízo e do domínio eterno do 'Filho do Homem'.","contexto_historico_da_passagem":"Embora originada em tradições antigas, a imagem do quarto animal é frequentemente entendida como reflexo do domínio grego e seus desdobramentos helenísticos, especialmente a opressão sob Antíoco IV para leitores judaicos.","contexto_cultural_da_passagem":"A figura do monstro do mar remete a motivos antigos de caos marítimo e adversários de Deus; a ênfase em dentes de ferro e chifres dialoga com metáforas de poder e violência reconhecíveis ao público antigo.","contexto_geografico_da_passagem":"O 'mar' simboliza massas de povos ou o leste-mediterrâneo, de onde surgem impérios; reflete a experiência geopolítica do Antigo Oriente e da região do Levante.","contexto_teologico_da_passagem_anterior":"Os capítulos 4–6 mostram Yahweh como Senhor soberano sobre reis individuais; 7 amplia para reinos cósmicos, preparando a revelação da vitória divina final.","contexto_teologico_da_passagem_posterior":"Capítulos seguintes desenvolvem a luta entre o poder humano e a ação divina, culminando em promessas de ressurreição, restauração e domínio eterno do 'Ancião de Dias' e do 'Filho do Homem'.","genero_literario":"Apocalipse profético com linguagem visionária e simbólica, combinando elementos de sonho, simbologia animal e juízo escatológico.","autor_e_data":"Tradicionalmente Daniel, século VI a.C.; crítica acadêmica sugere composição final entre século II a.C., mas a mensagem teológica permanece focada na soberania divina.","audiencia_original":"Comunidades judaicas em situação de exílio ou perseguição, buscando interpretação e esperança diante de impérios opressores.","proposito_principal":"Consolar e afirmar que, apesar do poder e violência dos impérios, Deus julgará e estabelecerá seu reino eterno em favor dos fiéis.","estrutura_e_esboco":"Sequência de quatro bestas (vv. 1–8), interpretação (vv. 9–14), aplicação e visão de perseguição e redenção (cap. 8–12).","palavras_chave_e_temas":"bestas, mar, chifres, ferro, julgamento divino, soberania, reino eterno, opressão."},"analise_exegenetica":{"introducao":"Análise concisa do versículo com atenção lexical, sintática e simbólica, apoiada por comentaristas confiáveis.","analises":[{"verso":"Daniel 7:7","analise":"O quarto animal é descrito com termos de intensidade ('terrível', 'espantoso'), destacando força e violência por 'dentes de ferro' que simbolizam poder esmagador; os 'dez chifres' indicam reinos ou reis subsequentes. A expressão 'vindo do mar' remete à imagem apocalíptica do caos gerador de poderes humanos; o contraste com as bestas anteriores sublinha sua singularidade e maior periculosidade."}]},"teologia_da_passagem":{"introducao":"A passagem articula doutrinas de soberania divina, juízo sobre poderes terrenos e esperança escatológica.","doutrinas":["Soberania de Deus sobre os reinos humanos e sua autoridade para julgar.","Realidade do mal institucionalizado e sua limitação temporal.","Esperança escatológica na inauguração do reino eterno por parte divina."]},"temas_principais":{"introducao":"Temas centrais revelam propósito pastoral e teológico do texto.","temas":[{"tema":"Poder e violência dos impérios","descricao":"Representado pela fera de ferro que destrói, simbolizando opressão e dominação histórica."},{"tema":"Caráter temporário do domínio humano","descricao":"Mesmo o poder mais terrível é apresentado como parte de uma sequência histórica sujeita ao juízo divino."},{"tema":"Tensão entre caos e ordem divina","descricao":"A origem do monstro no mar evoca forças caóticas que serão finalmente submetidas à ordem de Deus."}]},"explicacao_do_versiculo":{"introducao":"Exposição detalhada do significado, vocábulos-chave e implicações teológicas do versículo.","significado_profundo":"O versículo denuncia a brutalidade e eficácia de um império que subjugou povos, mas o descritivo apela para a transitoriedade desse poder diante do julgamento divino e da promessa de restauração.","contexto_original":"Dirigido a uma audiência que vivia sob dominação ou ameaça imperial, a imagem visava explicar o sofrimento presente à luz de um plano divino que pune e substitui regimes injustos.","palavras_chave":["animal (fera) — símbolo de império e força política","mar — fonte de povos e caos (origem do poder)","dentes de ferro — força destrutiva e incorruptível"],"interpretacao_teologica":"Teologicamente, o texto mostra que, apesar da aparente invencibilidade dos impérios, sua violência é contingente e será enquadrada pelo julgamento escatológico; aplicação cristológica e messiânica é vista na continuação do capítulo que introduz o 'Filho do Homem' e o reino eterno."},"personagens_principais":{"introducao":"Identifica figuras e símbolos essenciais presentes ou implicados no versículo.","personagens":[{"nome":"O quarto animal","descricao":"Figura simbólica do império mais violento, distinto e persecutor; representa poder imperial que oprime o povo de Deus."},{"nome":"Os dez chifres","descricao":"Símbolos de autoridades ou reinos surgentes; frequentemente interpretados como sucessores ou divisões do poder representado pela fera."},{"nome":"Mar (como agente simbólico)","descricao":"Não é pessoa, mas símbolo de caos e origem de poderes mundanos; fonte da aparição das bestas."}]},"aplicacao_contemporanea":{"introducao":"Aplicações práticas para a vida cristã diante de poderes opressivos e cultura secular.","pontos_aplicacao":["Reconhecer que estruturas de poder injustas devem ser confrontadas com justiça e esperança bíblica, sem idolatrá-las.","Confiar na soberania de Deus e engajar-se em resistência ética e pastoral frente à opressão."],"perguntas_reflexao":["Como minha comunidade reage diante de estruturas que oprimem? Estamos buscando justiça à luz da soberania de Deus?","De que modo a esperança escatológica molda nossa resistência e paciência frente à injustiça presente?"]},"referencias_cruzadas":{"introducao":"Passagens conexas que iluminam símbolos e temas do versículo.","referencias":[{"passagem":"Daniel 7:23-27","explicacao":"Expansão da interpretação do quarto animal e desfecho escatológico com o juízo do 'Ancião de Dias' e o estabelecimento do reino eterno."},{"passagem":"Apocalipse 13:1-8","explicacao":"Imagem de uma besta que emerge do mar com chifres e autoridade, ecos apocalípticos que dialogam com Daniel sobre poder opressor e julgamento."},{"passagem":"Ezequiel 32 (imagens de monstro marinho)","explicacao":"Uso paralelo de imagens marítimas para descrever nações e seus destinos, reforçando tradição profética de condenação ao orgulho imperial."}]},"simbologia_biblica":{"introducao":"Símbolos centrais do versículo e seus significados na tradição bíblica.","simbolos":[{"simbolo":"Fera/animal","significado":"Poder político e inerente violência institucional; representação condensada de impérios humanos."},{"simbolo":"Chifres","significado":"Autoridade real ou reinos; especificamente, sucessão ou multiplicidade de poderes."},{"simbolo":"Mar","significado":"Fonte do caos e multiplicidade de povos, local simbólico de onde surgem antagonistas de Deus."}]},"interprete_luz_de_cristo":{"introducao":"Leitura cristológica que situa a visão na esperança messiânica e no reinado de Cristo.","conexao":"Cristocentricamente, o texto aponta para a vinda do 'Filho do Homem' que recebe domínio eterno em Daniel 7:13-14, indicando que os poderes terrenos, por mais formidáveis, serão finalmente subordinados ao reino de Cristo e à justiça divina."}}