Daniel 1:1

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Explicação Bíblica

Versículo 1: Texto do versículo 1 de daniel 1.
{"titulo_principal_e_texto_biblico":{"titulo":"Daniel 1:1 — Início do exílio babilônico","texto":"No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou."},"contexto_detalhado":{"introducao":"O versículo inaugura o livro de Daniel situando historicamente a ação no cerne do exílio babilônico e introduzindo a tensão entre reino humano e propósito divino.","contexto_literario_do_livro":"Daniel é alternadamente narrativo e apocalíptico, com relatos históricos que preparam visões proféticas; o primeiro capítulo inicia o cenário narrativo que legitimará as revelações posteriores.","contexto_historico_do_livro":"Escrito em torno do exílio babilônico e pós-exílio, o livro reflete experiências judeias sob domínio estrangeiro e memória da deportação iniciada no século VI a.C.","contexto_cultural_do_livro":"A cultura judaica confronta práticas cortesãs babilônicas; o texto coloca personagens judaicos em ambientes pagãos, destacando identidade e fé em contexto multicultural.","contexto_geografico_do_livro":"A ação desloca-se de Jerusalém para a cidade imperial da Babilônia; o sítio de Jerusalém é ponto de transição entre Judá e o mundo babilônico.","contexto_teologico_do_livro":"Tema central: soberania de Deus sobre reinos humanos e fidelidade do fiel em exílio; a história demonstra julgamento, purificação e promessa de restauração.","contexto_literario_da_passagem":"Verso introdutório que estabelece tempo, personagens e conflito imediato, funcionando como base narracional para a experiência de Daniel e seus companheiros.","contexto_historico_da_passagem":"Refere-se a incursões de Nabucodonosor contra Judá; há debates cronológicos entre fontes bíblicas e registros assírio-babilônicos sobre datas precisas.","contexto_cultural_da_passagem":"O cerco simboliza imposição cultural e política babilônica sobre práticas judaicas, incluindo deslocamento de elites e tentativa de assimilação.","contexto_geografico_da_passagem":"Jerusalém é apresentada como centro religioso atingido pelo poder babilônico, com implicações para o templo e vida comunitária.","contexto_teologico_da_passagem_anterior":"","contexto_teologico_da_passagem_posterior":"Os capítulos seguintes mostram como Deus preserva sua comunidade e usa cortesões exilados para demonstrar soberania divina diante de impérios terrenos.","genero_literario":"Narrativa histórica-propética com função apologética e formativa para a comunidade exilada.","autor_e_data":"Tradicionalmente atribuído a Daniel; muitos estudiosos situam a composição final nos séculos VI–V a.C. com camadas posteriores de edição; atribuição e data têm debate acadêmico.","audiencia_original":"Judeus exilados e pós-exílio que precisavam de afirmação da soberania de Deus e de modelos de fidelidade em terra estrangeira.","proposito_principal":"Estabelecer a experiência de exílio como palco para demonstrar a fidelidade de Deus e formar testemunhas que mantenham identidade e esperança.","estrutura_e_esboco":"O livro combina narrativa introdutória (cap. 1–6) sobre a fidelidade de servos de Deus em cortes pagãs e visões apocalípticas (cap. 7–12).","palavras_chave_e_temas":"Soberania, exílio, juízo, fidelidade, identidade em terra estrangeira."},"analise_exegenetica":{"introducao":"A exegese foca tempo, nomes e verbo central, considerando variantes textuais e sentido no hebraico/aramaico.","analises":[{"verso":"1","analise":"‘‘Terceiro ano’’: indicação cronológica que vincula o evento ao reinado de Jeoaquim, embora existam questões cronológicas nas fontes; 'Nabucodonosor' corresponde a Nabû-kudurri-uṣur II, rei da Babilônia. O verbo 'sitiou' (hebraico/aramaico: cercar/assediar) marca ação militar que precipita a deportação; o verso funciona como enunciado histórico- teológico que prepara o tema do juízo e preservação."}]},"teologia_da_passagem":{"introducao":"Do ponto de vista teológico o versículo apresenta a colisão entre poder humano e plano divino, introduzindo temas centrais do livro.","doutrinas":["Soberania de Deus sobre reinos humanos e história.","Julgamento e consequência do pecado nacional.","Preservação e identidade do povo eleito em meio ao exílio."]},"temas_principais":{"introducao":"Três temas-chave emergem diretamente deste verso inicial.","temas":[{"tema":"Soberania política e divina","descricao":"O avanço de Nabucodonosor revela que Deus usa nações pagãs para executar julgamento, sem perder o controle soberano."},{"tema":"Exílio como realidade formativa","descricao":"O sítio anuncia deslocamento que moldará identidade comunitária e fidelidade religiosa."},{"tema":"Memória histórica","descricao":"O relato fixa um marco cronológico para interpretar eventos posteriores e a fidelidade de figuras como Daniel."}]},"explicacao_do_versiculo":{"introducao":"A explicação aborda significado imediato, contexto original e termos-chave com implicações teológicas.","significado_profundo":"Além de relatar um evento histórico, o verso comunica que julgamentos políticos têm caráter teológico, pois servem ao propósito divino de corrigir e preservar.","contexto_original":"Num contexto em que Jerusalém é vulnerável, a chegada de Nabucodonosor marca o início de uma nova ordem que desafia práticas religiosas e sociais judaicas, impulsionando a tensão entre adaptação e fidelidade.","palavras_chave":["Jeoaquim","Nabucodonosor","sitiou"],"interpretacao_teologica":"O versículo demonstra que Deus governa a história e permite que impérios instrumentem juízo, ao mesmo tempo em que abre caminho para a preservação dos fiéis e a manifestação da fidelidade divina em meio à prova."},"personagens_principais":{"introducao":"Três protagonistas imediatos são identificáveis no verso inaugural.","personagens":[{"nome":"Jeoaquim","descricao":"Rei de Judá cujo reinado marca a crise nacional; figura representativa da liderança que enfrenta consequências políticas e espirituais."},{"nome":"Nabucodonosor","descricao":"Rei da Babilônia, agente histórico do cerco e deportação, símbolo do poder imperial usado por Deus para julgar."},{"nome":"Jerusalém / povo de Judá","descricao":"Alvo do cerco, representando a comunidade cuja fé e identidade serão testadas e purificadas no exílio."}]},"aplicacao_contemporanea":{"introducao":"O texto convida reflexão ética e confessional para cristãos em contextos de pressão cultural e política.","pontos_aplicacao":["Reconhecer que crises políticas podem ter dimensão teológica e exigem resposta de fé.","Manter identidade e fidelidade a Deus mesmo em ambientes que pressionam por conformidade.","Confiar na soberania divina diante de mudanças históricas e limitações humanas."],"perguntas_reflexao":["Como minha fé responde quando estruturas políticas ou culturais me pressionam a abandonar convicções cristãs?","De que maneiras Deus pode estar moldando a comunidade através de provações coletivas?","Que práticas ajudam a preservar identidade cristã em contextos adversos?"]},"referencias_cruzadas":{"introducao":"Passagens históricas e proféticas ampliam compreensão do evento e suas consequências.","referencias":[{"passagem":"2 Reis 24:1–2","explicacao":"Relato paralelo das campanhas babilônicas contra Judá, oferecendo contexto histórico para o cerco e a perda de autonomia do reino."},{"passagem":"Jeremias 25:1–11","explicacao":"Profecia que anuncia julgamento e período de servidão babilônica, inserindo o cerco numa perspectiva profética de juízo."},{"passagem":"Ezequiel 1:1","explicacao":"Visão em contexto exílico que situa profecia e experiência religiosa na esfera da presença de Deus mesmo fora de Jerusalém."}]},"simbologia_biblica":{"introducao":"O verso contém símbolos que ganham densidade teológica ao longo do livro.","simbolos":[{"simbolo":"sítio","significado":"Julgmento divino e ruptura da segurança nacional que convoca arrependimento e renovação."},{"simbolo":"rei estrangeiro","significado":"Instrumento da providência divina e lembrete de que a autoridade última pertence a Deus."},{"simbolo":"terceiro ano (cronologia)","significado":"Precisão temporal que funda memória comunitária e legitima a narrativa histórica-teológica."}]},"interprete_luz_de_cristo":{"introducao":"Cristo ilumina o texto ao revelar sentido maior de redenção e soberania divina.","conexao":"Jesus, como Senhor sobre reis e história, confirma que tribulações e exílios não anulam o propósito redentor de Deus; a fé perseverante no exílio é tipológica da condição humana que encontra plenitude em Cristo, mediador da restauração final."}}