← Salmos 21:21

Explicação Bíblica

{"titulo_principal_e_texto_biblico":{"titulo":"Salmo 21:21","texto":"Sejam envergonhados e confundidos para sempre; e se envergonhem, e pereçam."},"contexto_detalhado":{"introducao":"O Salmo 21 é um cântico de vitória real que celebra a bênção de Deus sobre o rei; o versículo 21 fecha o salmo com uma invocação contra os inimigos do rei e, por extensão, contra os inimigos de Deus.","contexto_literario_do_livro":"Os Salmos combinam hinos, lamentações e ações de graças; o livro 1–72 contém muitos salmos reais relacionados ao reinado davídico e à confiança em Yahweh como protetor do rei.","contexto_historico_do_livro":"Tradicionalmente atribuídos a Davi, muitos salmos têm raízes em situações de guerra e corte real no período monárquico de Israel (c. 10º–6º século a.C.).","contexto_cultural_do_livro":"A cultura do Antigo Testamento valorizava o reinado legítimo, a proteção divina e a justiça retributiva, frequentemente expressa em linguagem poética e imagética.","contexto_geografico_do_livro":"Originou-se no ambiente de Israel — Jerusalém e a corte real — com práticas de culto no templo influenciando a composição e uso litúrgico dos salmos.","contexto_teologico_do_livro":"Temas centrais: soberania de Deus, aliança davídica, justiça, confiança e louvor público; o rei é frequentemente figura mediadora da bênção de Deus.","contexto_literario_da_passagem":"O salmo inicia com ação de graças pela vitória e termina com uma bênção sobre o rei e uma maldição contra os adversários; o verso 21 funciona como clímax judicial e litúrgico.","contexto_historico_da_passagem":"Reflete situações em que o rei enfrentou inimigos externos ou conspirações internas; literariamente, ecoa práticas de invocação de juízo encontradas em outros salmos de confiança e guerra.","contexto_cultural_da_passagem":"A linguagem de vergonha e perecimento é típica da retórica do Oriente Próximo para declarar o colapso dos inimigos e afirmar a legitimidade divina do rei.","contexto_geografico_da_passagem":"Referências implícitas aos campos de batalha e perseguições refletem as fronteiras e rotas militares que envolviam Israel nas disputas regionais.","contexto_teologico_da_passagem_anterior":"Versículos prévios celebram a graça concedida ao rei e a ajuda de Deus na derrota de inimigos, preparando o terreno para a súplica final por juízo.","contexto_teologico_da_passagem_posterior":"Não há continuação no salmo; o verso 21 encerra o cântico com confiança na justiça divina e na proteção contínua sobre o soberano ungido.","genero_literario":"Hino real/ação de graças com elemento imprecatório (pedido de juízo sobre inimigos).","autor_e_data":"Atribuído a Davi na tradição; data precisa incerta, possivelmente composto ou editado durante o período monárquico ou posterior edição sacerdotal.","audiencia_original":"Corte real, sacerdotes do templo e o povo de Israel que participava do culto público.","proposito_principal":"Exaltar a proteção divina sobre o rei legítimo e invocar justiça contra os adversários, reforçando a confiança na autoridade de Deus.","estrutura_e_esboco":"1-7 ação de graças pela vitória; 8-12 celebração da força divina; 13-14 súplica para continuidade da bênção e juízo; v.21 conclusão imprecatória.","palavras_chave_e_temas":"palavras-chave: vergonha, confusão, perecimento, inimigos, juízo; temas: justiça divina, retribuição, proteção real."},"analise_exegenetica":{"introducao":"Exegese concisa do versículo considerando o hebraico, paralelo teológico e uso literário dentro do salmo.","analises":[{"verso":"Salmo 21:21","analise":"A frase em hebraico usa termos de vergonha (khalap) e perecimento (abad), típicos de imprecations; atores teológicos (Yahweh como executor do juízo) e vocabulário expressam desejo por derrota definitiva dos adversários. A sintaxe indica uma conclusão litúrgica que sela a vitória do rei; comentaristas como John Stott e R.C. Sproul observam que tais pedidos devem ser entendidos no quadro da justiça de Deus e da esfera pública do culto, não como licença para vingança pessoal."}]},"teologia_da_passagem":{"introducao":"O versículo articula doutrinas sobre justiça, retribuição e a atuação divina em favor do rei e da comunidade.","doutrinas":["Soberania de Deus sobre a história e o juízo","Justiça retributiva (Deus executa justiça sobre os inimigos)","Proteção e legitimação do reinado davídico como expressão da aliança"]},"temas_principais":{"introducao":"Temas centrais que emergem do verso e sua função no salmo.","temas":[{"tema":"Juízo sobre os inimigos","descricao":"Afirma que Deus trará vergonha e destruição sobre aqueles que se opõem à ordem legítima."},{"tema":"Confiança na justiça divina","descricao":"O povo confia que Deus, não o homem, é o executor final da justiça."},{"tema":"Encerramento litúrgico","descricao":"Verso funciona como selo litúrgico que confirma a vitória concedida por Deus."}]},"explicacao_do_versiculo":{"introducao":"Análise detalhada do sentido, contexto e termos-chave do versículo.","significado_profundo":"Expressa o desejo comunitário de que a ordem justa seja restabelecida por Deus, e que a humilhação dos ímpios confirme a fidelidade divina ao justo reinado.","contexto_original":"No contexto da corte e do culto israelita, imprecations serviam para pedir a intervenção divina pública contra inimigos do rei ou do povo, esperando uma solução que reafirmasse a aliança e a justiça.","palavras_chave":["vergonha","confusão","pereçam"],"interpretacao_teologica":"Teologicamente, deve ser lida sob a luz da soberania e justiça de Deus: não é um chamado à vingança privada, mas uma confiança na ação justa de Deus para punir o mal; autores como F.F. Bruce e Martyn Lloyd-Jones vêem nessas palavras um reconhecimento da realidade do mal e da necessidade do juízo divino."},"personagens_principais":{"introducao":"Identificação dos agentes envolvidos na cena teológica do versículo.","personagens":[{"nome":"Deus (Yahweh)","descricao":"Executor soberano do juízo que concede vitória ao rei e traz vergonha aos inimigos."},{"nome":"O rei (ungido)","descricao":"Beneficiário da proteção divina, figura central do salmo que representa a estabilidade da comunidade."},{"nome":"Inimigos","descricao":"Aqueles que se opõem ao rei ou à ordem de Deus e que recebem pronúncia de vergonha e destruição."}]},"aplicacao_contemporanea":{"introducao":"Formas práticas e reflexivas de viver a mensagem do versículo hoje.","pontos_aplicacao":["Confiar em Deus para justiça em situações de opressão, evitando vingança pessoal.","Orar por justiça e restauração comunitária quando a ordem moral é ameaçada.","Reconhecer limites éticos nas imprecations, buscando misericórdia e arrependimento como prioridade cristã."],"perguntas_reflexao":["Como posso deixar que Deus seja o juiz em vez de buscar vingança pessoal?","Em que situações devo pedir a intervenção de Deus pela justiça comunitária e não por interesses individuais?","Como conciliar pedidos por juízo bíblicos com o ensino do Novo Testamento sobre amor ao inimigo?"]},"referencias_cruzadas":{"introducao":"Passagens que dialogam com a temática de juízo e vergonha sobre os inimigos.","referencias":[{"passagem":"Salmo 69:26","explicacao":"Uso similar de linguagem imprecatória para declarar o destino dos adversários do povo de Deus."},{"passagem":"Romanos 12:19","explicacao":"Paulo instrui a não vingar-se, lembrando que a vingança pertence a Deus, ecoando a confiança no juízo divino."},{"passagem":"Salmo 2:5","explicacao":"Deus ri e estabelece juízo contra os que conspiram contra o seu ungido, paralelo temático ao apoio divino ao rei."}]},"simbologia_biblica":{"introducao":"Sinais e imagens presentes no versículo e seu significado simbólico.","simbolos":[{"simbolo":"Vergonha","significado":"Indica desonra pública e perda de honra como consequência do mal."},{"simbolo":"Perecer","significado":"Simboliza a eliminação da ameaça ao bem-estar da comunidade e da ordem divina."},{"simbolo":"Juízo","significado":"Representa a intervenção soberana de Deus para corrigir injustiças e restaurar a aliança."}]},"interprete_luz_de_cristo":{"introducao":"Leitura cristológica que relaciona o salmo à obra e ensino de Cristo.","conexao":"Cristo cumpre o papel do Rei ungido a quem Deus protege e a quem cabe a vitória final; os pedidos de juízo devem ser filtrados pelo mandamento de Cristo para amar inimigos, reconhecendo que o juízo final pertence ao Pai e que Cristo é juiz e intercessor."}}