Explicação Bíblica
Versículo 26: Texto do versículo 26 de Ezequiel 26.
{"titulo_principal_e_texto_biblico":{"titulo":"Ezequiel 26:26 — Oráculo contra Tiro","texto":"Portanto morrereis à espada; e eu os entregarei à peste; e vos darei por presa ao mar, e por desonra entre as nações; e sabereis que eu sou o Senhor."},"contexto_detalhado":{"introducao":"A passagem faz parte de um discurso profético contra a cidade de Tiro, anunciando sua queda e humilhação por causa de seu orgulho e comércio.","contexto_literario_do_livro":"Ezequiel combina oráculos judiciais, visões e ações simbólicas; o livro alterna sentenças de juízo e promessas de restauração para Israel e nações vizinhas.","contexto_historico_do_livro":"Escrito durante o exílio babilônico (século VI a.C.), reflete a crise do povo de Judá após a queda de Jerusalém, com Ezequiel profetizando tanto contra Israel quanto contra potências estrangeiras.","contexto_cultural_do_livro":"O profeta atua em uma cultura marcada por impérios imperialistas, comércio mediterrâneo e religiões sincréticas; Tiro era uma potência mercantil influente.","contexto_geografico_do_livro":"A ação principal se situa na Babilônia e nas regiões costeiras do Mediterrâneo oriental; Tiro era uma cidade-estado fenícia na costa do Líbano.","contexto_teologico_do_livro":"Ezequiel enfatiza a soberania de Deus, a responsabilidade moral, a santidade divina e a restauração final do povo de Deus.","contexto_literario_da_passagem":"Capítulo 26 integra um ciclo de oráculos contra nações (cap. 25–32), aqui focado em prognósticos concretos sobre o cerco, queda e desonra de Tiro.","contexto_historico_da_passagem":"O profeta anuncia a destruição por inimigos humanos e forças da natureza; historicamente reflete ameaças como Nabucodonosor e rivalidades marítimas.","contexto_cultural_da_passagem":"Mana comercial e orgulho cívico de Tiro são alvos; práticas de exaltação urbana e dependência de riqueza tornam-se motivo de condenação.","contexto_geografico_da_passagem":"O texto refere-se à ilha e à cidade continental de Tiro, seu porto e mar circundante, enfatizando imagens marítimas para a humilhação.","contexto_teologico_da_passagem_anterior":"Nos versículos anteriores o profeta descreve cercos, ruínas e a participação de nações no despojo, mostrando a inevitabilidade do juízo divino.","contexto_teologico_da_passagem_posterior":"Os versos que seguem amplificam a ideia de vergonha nacional e confirmação da autoridade divina, culminando na declaração do propósito revelador de Deus.","genero_literario":"Oráculo profético de juízo com elementos poéticos e imagética apocalíptica.","autor_e_data":"Atribuído a Ezequiel, sacerdote e profeta; escrito por volta de 593–571 a.C., durante o exílio babilônico.","audiencia_original":"Exilados judeus em Babilônia e, indiretamente, as nações vizinhas mencionadas nos oráculos.","proposito_principal":"Anunciar o juízo de Deus sobre Tiro como demonstração da justiça divina e para instruir Israel quanto à soberania de Javé.","estrutura_e_esboco":"Julgamento anunciado, descrição do cerco e das humilhações, declaração dos meios do castigo e conclusão teológica que liga a ação de Deus à sua identidade.","palavras_chave_e_temas":"Juízo, soberania de Deus, humilhação, peste, espada, presa, mar, nações, reconhecimento de Javé."},"analise_exegenetica":{"introducao":"A exegese concentra-se nas imagens centrais: espada, peste, presa marítima, desonra entre as nações e o saber que Deus é o Senhor.","analises":[{"verso":"Ezequiel 26:26","analise":"O verso lista meios do juízo (espada e peste) e resultados públicos (presa ao mar, desonra entre as nações), encerrando com teologia do reconhecimento divino; termos hebraicos sublinham ação soberana de Deus contra o orgulho comercial de Tiro."}]},"teologia_da_passagem":{"introducao":"Teologicamente, a passagem afirma que Deus governa a história e executa juízo contra o orgulho humano, provocando reconhecimento de sua soberania.","doutrinas":["Soberania de Deus sobre as nações","Justiça punitiva divina","Revelação de Deus através do juízo"]},"temas_principais":{"introducao":"Três temas estruturam o verso: meios do juízo, visibilidade do castigo e finalidade teológica.","temas":[{"tema":"Meios do juízo","descricao":"Espada e peste simbolizam juízo humano e divino como instrumentos para executar a sentença."},{"tema":"Humilhação pública","descricao":"Ser dada por presa ao mar e desonrada entre as nações indica exposição e perda de prestígio internacional."},{"tema":"Finalidade revelatória","descricao":"O juízo visa levar ao reconhecimento de que Yahweh é o Senhor, não mera vingança."}]},"explicacao_do_versiculo":{"introducao":"O versículo resume consequências concretas e o propósito teológico do castigo sobre Tiro.","significado_profundo":"Além de punição política e militar, o juízo é teológico: a ruína serve para desmascarar a confiança em riquezas e reafirmar a exclusividade da soberania divina.","contexto_original":"No cenário do Oriente Próximo, Tiro era potência mercantil; o anúncio responde ao orgulho e à prática de autoexaltação que se colocaram contra Deus e contra o povo de Judá.","palavras_chave":["Espada","Peste","Presa"],"interpretacao_teologica":"Deus emprega instrumentos históricos para executar justiça e, depois do castigo, pretende que as nações e o próprio alvo do juízo reconheçam Sua autoridade, indicando propósito pedagógico e redentivo no juízo."},"personagens_principais":{"introducao":"Embora centrado em Tiro, o texto envolve atores humanos e divinos.","personagens":[{"nome":"Tiro (cidade)","descricao":"Representa o poder mercantil orgulhoso condenado por confiar em suas fortalezas e riquezas."},{"nome":"Yahweh (Deus)","descricao":"Agente soberano que decreta e executa o juízo com propósito revelador."}]},"aplicacao_contemporanea":{"introducao":"A mensagem desafia a confiança contemporânea em poder, riqueza ou prestígio como segurança última.","pontos_aplicacao":["Avaliar se bens materiais ou status têm sido fundamentos de confiança em vez de Deus.","Reconhecer que dissídios públicos e crises podem ser meios pelos quais Deus chama à conversão."],"perguntas_reflexao":["Em que áreas confio mais em estruturas humanas do que na soberania de Deus?","Como minha comunidade reage quando Deus usa crises para ensino e reforma?"]},"referencias_cruzadas":{"introducao":"Textos que ecoam o tema do juízo divino e do propósito revelador de Deus.","referencias":[{"passagem":"Isaías 23:1–18","explicacao":"Oráculo sobre Tiro com imagens semelhantes de humilhação e perda do comércio."},{"passagem":"Jeremias 25:15–26","explicacao":"Profecias contra nações que enfatizam a vara do juízo enviada por Deus."},{"passagem":"Romanos 9–11 (tema)","explicacao":"Discussões sobre o propósito de Deus na história das nações e como juízo e misericórdia revelam Sua vontade."}]},"simbologia_biblica":{"introducao":"Imagens no verso têm ressonância simbólica ampla na Escritura.","simbolos":[{"simbolo":"Espada","significado":"Instrumento de guerra que simboliza punição humana e conflito que ocorre sob a permissão divina."},{"simbolo":"Peste","significado":"Representa calamidade que pode ser instrumento do juízo divino sobre coletivos."},{"simbolo":"Mar como presa","significado":"Omar simboliza perda de controle e dispersão, indicando que o poder marítimo de Tiro será subjugado."}]},"interprete_luz_de_cristo":{"introducao":"A leitura cristã vê em juízos do Antigo Testamento a justiça de Deus que aponta para a necessidade universal de arrependimento e redenção.","conexao":"Cristo, como juiz e redentor, revela tanto a santidade que requer juízo quanto a graça que oferece restauração, chamando pecadores à humildade e fé."}}