Eclesiastes 5:5

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Explicação Bíblica

Versículo 5: Texto do versículo 5 de Eclesiastes 5.
{"titulo_principal_e_texto_biblico":{"titulo":"Eclesiastes 5:5","texto":"Melhor é não jurar do que jurar e vir a arrepender-se."},"contexto_detalhado":{"introducao":"O versículo faz parte de um bloco em que o Pregador adverte contra a imprudência nas palavras, nos votos e diante de Deus, enfatizando reverência e moderação.","contexto_literario_do_livro":"Eclesiastes é uma reflexão sapiencial sobre o sentido da vida, escrita em forma de monólogo do 'Pregador' que alterna observação cética e conselho prático.","contexto_historico_do_livro":"Tradicionalmente atribuído a Salomão; crítico moderno data o texto ao período pós-exílico ou monárquico tardio, refletindo preocupações urbanas e religiosas de Israel.","contexto_cultural_do_livro":"Inserido na tradição sapiencial do Oriente Próximo, dialoga com sabedoria egípcia e mesopotâmica, valorizando experiência prática e temor de Deus.","contexto_geografico_do_livro":"Ambientado em Israel, com referências à vida na corte e à sociedade israelita, embora o ensino tenha caráter universal.","contexto_teologico_do_livro":"Centraliza-se no temor de Deus e nas limitações da sabedoria humana, propondo confiança na providência divina sem promessas garantidas de sentido humano.","contexto_literario_da_passagem":"O capítulo 5 trata de adoração, votos e a atitude do homem perante Deus; versículo 5 conclui a advertência sobre juramentos precipitadas.","contexto_historico_da_passagem":"Reflete práticas religiosas onde votos e juramentos perante o santuário e autoridades tinham peso social e religioso considerável.","contexto_cultural_da_passagem":"Na cultura israelita, juramentos eram vinculativos e regulavam relações; cancelar um voto era escandaloso e trazia vergonha e culpa.","contexto_geografico_da_passagem":"As práticas citadas ocorriam no templo e na vida cívica de Israel; a autoridade religiosa centralizava o discurso sobre votos.","contexto_teologico_da_passagem_anterior":"Versículos anteriores advertem contra preces vazias e entrada precipitada no santuário, ressaltando reverência e poucas palavras.","contexto_teologico_da_passagem_posterior":"Os versículos seguintes retornam à crítica sobre riqueza e injustiça, mostrando que palavras e ações devem ser coerentes e justas.","genero_literario":"Sapiencial/reflexivo; mistura de máxima, advertência e aforismo moral.","autor_e_data":"Autor identificado como 'Pregador' (Qohelet). Data tradicional salomônica; crítica moderna aponta para período pós-exílico (século V–III a.C.).","audiencia_original":"Leitores e ouvintes israelitas interessados em sabedoria ética e religiosa, bem como comunidades judaicas posteriores.","proposito_principal":"Instruir sobre a postura correta diante de Deus e da vida cotidiana, evitando promessas levianas e palavras precipitadas.","estrutura_e_esboco":"Conselhos sobre entrada no templo e fala (5:1–7), advertência contra votos (5:4–6), transição para riqueza e vaidade (5:8–20).","palavras_chave_e_temas":"jurar, voto, arrependimento, temor de Deus, moderação, responsabilidade das palavras."},"analise_exegenetica":{"introducao":"Análise do texto hebraico, sentido imediato e implicações legais e religiosas do termo 'jurar' no contexto do Antigo Testamento.","analises":[{"verso":"5:5","analise":"A palavra hebraica para 'jurar' (שָׁבַע, shavaʿ) remete a votos solenes; o aforismo contrasta a prudência de evitar votos com o risco de arrependimento e quebra de palavra, enfatizando integridade. Teólogos como F.F. Bruce e R.C. Sproul notam a preocupação com o peso social dos juramentos e a sabedoria prática de evitar compromissos que não se pode cumprir."}]},"teologia_da_passagem":{"introducao":"Enfoca a relação entre linguagem humana, compromisso moral e temor de Deus.","doutrinas":["Ética do discurso e responsabilidade moral pelas palavras.","Teologia do voto: seriedade dos compromissos diante de Deus.","Temor de Deus como prudência religiosa e fundamento da sabedoria."]},"temas_principais":{"introducao":"Principais temas que emergem do versículo e sua implicação prática.","temas":[{"tema":"Responsabilidade nas palavras","descricao":"Fala sobre o cuidado ao assumir compromissos verbais porque palavras vinculam e trazem consequência moral."},{"tema":"Votos e integridade","descricao":"Votos são atos sagrados; é melhor não prometer que prometer e quebrar, preservando a credibilidade diante de Deus e da comunidade."},{"tema":"Temor e reverência","descricao":"A prudência em jurar reflete temor de Deus e reconhecimento da própria limitação humana."}]},"explicacao_do_versiculo":{"introducao":"Exposição aprofundada do sentido, palavras-chave e aplicação teológica do versículo.","significado_profundo":"O versículo valoriza a moderação verbal como expressão de sabedoria teológica: evitar votos precipitados protege a integridade pessoal e a relação com Deus. Prefere-se a omissão de um juramento a uma promessa que pode levar ao arrependimento e à desonra.","contexto_original":"Num contexto onde juramentos tinham força legal e religiosa, o autor aconselha evitar compromissos solenes que ultrapassem a capacidade humana, lembrando que palavras diante de Deus exigem responsabilidade absoluta.","palavras_chave":["jurar","vir a arrepender-se","voto"],"interpretacao_teologica":"Teologicamente, o versículo destaca que a piedade prática inclui controle da linguagem; confiar em Deus e cumprir a palavra dada são sinais de temor divino. Autores como John Stott enfatizariam a coerência entre fé e linguagem, enquanto Lloyd-Jones ressaltaria a sobriedade cristã diante de compromissos."},"personagens_principais":{"introducao":"Figuras ou agentes relevantes para a compreensão do versículo.","personagens":[{"nome":"O Pregador (Qohelet)","descricao":"Voz sapiencial que aconselha prudência, expressão literária do autor que observa a vida e instrui em sabedoria prática."},{"nome":"O ouvinte/comunitário","descricao":"Membro da comunidade israelita a quem o conselho é dirigido, responsável pelas palavras e votos diante de Deus e dos outros."}]},"aplicacao_contemporanea":{"introducao":"Sugestões práticas e perguntas para aplicação pessoal e comunitária hoje.","pontos_aplicacao":["Evitar promessas impulsivas nas relações pessoais, financeiras e ministeriais, buscando compromisso só após reflexão.","Cultivar integridade verbal: se prometer, esforçar-se para cumprir; se houver erro, confessar e reparar."],"perguntas_reflexao":["Quais promessas eu faço impulsivamente e que consequências têm na minha testemunha cristã?","Como meu temor de Deus influencia minha fala e meus compromissos diante da comunidade?"]},"referencias_cruzadas":{"introducao":"Textos bíblicos que iluminam o tema de juramentos, votos e responsabilidade das palavras.","referencias":[{"passagem":"Mateus 5:33–37","explicacao":"Jesus repele juramentos desnecessários e instrui a falar simplesmente 'sim' ou 'não', afinando o princípio de Qohelet sobre evitar votos imprudentes."},{"passagem":"Tiago 5:12","explicacao":"Tiago exorta a não jurar, reforçando a integridade do falar e ligando a sabedoria veterotestamentária à ética cristã."},{"passagem":"Números 30","explicacao":"Regulações sobre votos mostram a seriedade legal e religiosa dos juramentos na lei, contexto que ajuda a entender a advertência de Eclesiastes."}]},"simbologia_biblica":{"introducao":"Símbolos e imagens subjacentes ao tema do juramento e da fala.","simbolos":[{"simbolo":"Jurar/voto","significado":"Representa compromisso solene, ligação entre expressão verbal e realidade moral/legal."},{"simbolo":"Arrependimento","significado":"Simboliza a quebra de coerência entre intenção e ação, e a necessidade de restauração ética."}]},"interprete_luz_de_cristo":{"introducao":"Leitura cristocêntrica do versículo e sua correlação com o ensino de Jesus.","conexao":"Em Cristo, o chamado é à sinceridade e integridade do coração que dispensa juramentos ostentosos; Jesus cumpre a exigência de coerência entre palavra e ação, convidando a confiança em Deus mais que em promessas humanas."}}